As seis unidades do Centro Social e Educacional Catavento vem realizando neste mês de setembro diversas atividades socioeducacionais no sentido de refletir sobre o Cerrado, suas riquezas, potencialidades e ameaças. As comemorações se estendem até o dia quatro de outubro, dia de São Francisco de Assis o Patrono da Ecologia.

O Catavento estrutura a sua ação socioeducativa com base na lei 9.795 que disciplina que a educação ambiental se dá por intermédio de processos pelos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Dessa forma a educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal conforme preceituam os artigos primeiro e segundo da lei que regula a educação ambiental.

Assim, os socioeducandos veem participando de sessões de vídeo com o tema Guardiões da Biosfera / Cerrado: Uma turminha, crianças criativas e estudiosas, se lança numa aventura no Cerrado e aprende sobre as características da fauna, flora e também como preservar o meio ambiente e reconhecer os saberes e fazeres das pessoas que são parte das comunidades geraizeiras.

Outra atividade de suma importância foi a limpeza do interior e entorno de cada Unidade Catavento e a retirada de lixo das margens do Rio Grande. Na oportunidade as crianças e adolescentes plantaram uma árvore e comentaram sobre a necessidade dos poderes públicos cuidarem das águas. Pois, dia e noite um esgoto é despejado no Rio Grande, fundos da Vila Brasil e do Conjunto Habitacional Rio Grande. As crianças e adolescentes foram informados que o fogo na Serra do Mimo tinha sido controlado pelo Corpo de Bombeiros. A partir dessa notícia foram produzidas pelas crianças pinturas que representam as queimadas nas Serras da Bandeira e do Mimo.

Noutra oportunidade as crianças e adolescentes degustarem sucos e bolos feitos a partir dos frutos do Cerrado. Criaram um painel abordando a flora e fauna do Cerrado. E, visitaram o Museu de Ciências do Cerrado Nordestino, localizado na Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB. Com isso, as crianças e adolescentes conheceram diversos animais que são parte da fauna do Cerrado.

As crianças e adolescentes elaboraram receitas a partir dos frutos do Cerrado, criaram histórias em quadrinhos, confeccionaram diversos ipês, produziram textos a partir da lenda do pequi e se tornaram atores e atrizes ao participarem duma peça teatral. Além da gincana elegeram a rainha do cerrado e brincaram de soletração tendo como subsídios palavras relativas ao mundo geraizeiro.

As crianças e adolescentes participaram de três oficinas sobre educação patrimonial a cargo da Atlas Renewable Energy, empresa que constrói em Barreiras um parque de energia solar. Nestes dias as crianças e adolescentes elaboraram um painel com pinturas rupestres. E, a Agência 10envolvimento promoveu uma roda de conversa sobre a Campanha: Sem Cerrado, sem água, sem vida. A campanha tem como foco tornar conhecido o patrimônio histórico, cultural e biológico do Cerrado – seus povos, sua biodiversidade e sua importância para a vida na terra. Principalmente para nós moradores de Barreiras e região.

As atividades da Semana do Cerrado extrapolou positivamente os dias que estavam previstos no calendário do Catavento. O encerramento aconteceu no dia três de outubro com uma celebração à memória de São Francisco de Assis, o patrono da ecologia.