CONSCIÊNCIA NEGRA
Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo.
Por Gelson Vieira
20/11/2019 20:59

Encontra-se em plena execução neste mês de novembro nas unidades do Centro Social e Educacional Catavento o projeto Raízes Identitárias no intuito de: promover o respeito e igualdade racial; estimular o respeito às diferenças; desconstruir o conceito de que os africanos eram naturalmente escravos, quando na verdade eles foram escravizados por outros povos; identificar como a cultura africana está presente em nosso cotidiano; Conversas sobre a discriminação e ações afirmativas entre outras atividades correlatas.

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Encontros diários estão sendo realizados desde o dia 04 de novembro que versam sobre: África, que pais é esse; A resistência negra; o quilombo dos palmares e remanescentes de quilombos, a historia de Zumbi e de outras lideranças negras e como se deu a institucionalização do dia da Consciência Negra.

Nesta quinta-feira (14) ocorreu no Catavento 1, Conjunto Habitacional Rio Grande, e no da Bela Vista, Catavento 5, Oficina de Turbante e de Pinturas Étnicas seguido de um desfile com a participação de crianças e adolescentes. O desfile foi um show de criatividade, beleza e de afirmação das raízes identitárias.

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Neste vinte de novembro, dia da CONSCIENCIA NEGRA, as crianças e adolescentes do Catavento I participarão de contação de histórias com Amanda Santos, que é técnica da Agencia 10envolvimento. Amanda contará a historia das mães que para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘Encontro precioso’, em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.

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A unidade Catavento do Conjunto Habitacional Rio Grande contou com as presenças de Rayca, membro do Coletivo SECOMBA, e da professora Maria Aparecida. Rayca falou na condição de jovem negro e residente na periferia de Barreiras e como se deu o seu ingresso na Universidade da Bahia / UNEB. Enquanto que a Maria Aparecida, professora na escola municipal Paulo Freire, falou sobre a sua história de vida e o empoderamento da mulher negra nos dias atuais.

O projeto Raízes Identitárias será encerrado na próxima semana com vasta programação nas unidades Catavento. Nesses dias serão exibidos filmes, recital de poesias, dança, roda de capoeira e maculelê, desfile, bem como: contação de histórias, apresentação e exposição de desenhos, frases e redação, produto das oficinas de letramento. Jogral, “Me Chamaram Negra"; dramatização “Navio Negreiro” e “Bruna e a Galinha D' angola”.

Fomentar a pluralidade cultural é de suma importância para a formação pessoal e coletiva das crianças e adolescentes. Pois, ao conhecerem suas origens passam a valorizar a cultura donde são originários. Para que se apure a percepção de injustiças e manifestações de preconceitos e discriminação.

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